terça-feira, 17 de março de 2020

Era uma vez uma palavra: a palavra Palavra! Palavra, como qualquer palavra que se preze nasceu há muito anos atrás, quando ainda o tempo não tinha tão pouco tempo como o tempo tem agora. Ninguém sabe bem de onde apareceu, mas acredita-se a Palavra nasceu de um verbo que cresceu entre os homens das terras mais longínquas enquanto escutavam as estrelas, o vento, o mar, as florestas e os animais. Sim, porque toda a Natureza tem as suas línguas próprias, que só os mais atentos ousam descobrir.
increvo-nus em linhas que apenas nos levam ao teu redor mas que nunca te tocam nem sequer  atingem desejos proscritos inscritos na palma da mão

sonho contigo mas não te toco porque o seguinte primeiro passo é teu neste tango de compassos perfeitos em sentido oposto à sua origem

quero o teu desejo e nele mergulhar elevando-me no alto da colina embrulhando-te na bandeira que desfralda no meu peito onde me deito
Havia um desejo. E nele te procurava. Mas a verdade é que nunca te via, mas lá te encontrava. Havia um despejo saindo do meu peito rumo ao teu leito. Havia um palpitar e eu sem saber o que encontrar. Procurando seguia e por aí me perdia. Porque não encontrava o que tanto desejava. Onde estás -dizia- porque não te sabia, nem o que te dizer nem como condizer com aquilo que escrevia. Parei então virei-me para o lado, e apaguei um ou outro dado mas não o sinal de impedimento que em ti encontrava, e por que sempre me perdia. Disseste-me enão e então me dizias que havia um desejo procura um despejo para longe com essa inspiração.
mensagem sem título espera por ti